Olá, pessoas! Tudo bem?

Por aqui tudo bem, feriado começando e o meu vai ser bem agitado.

A resenha de hoje é de um livro que se tornou o meu favorito da vida, o melhor de todos, o mais bonito, o mais “simples” e o que eu gostaria que todas as pessoas lessem. Não só por ser uma história real e linda, mas porque é uma grande lição de vida.

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Tudo começou em 2008, com um diagnóstico: Alzheimer. Depois de muito pesquisar sobre o assunto, vi que todo o conteúdo disponível acabava incentivando o familiar a abandonar o idoso que sofre com essa doença. “Ele vai devastar as estruturas familiares”, “você vai entrar em depressão ao cuidar deles”, “eles são agressivos” e “vai ser pior do que você imagina”. Uau, que horror! Toda imagem referente ao assunto mostrava uma senhora triste e enrugadinha no canto escuro de um quarto.

Talvez muitos de vocês conheçam a história do gaúcho Fernando Aguzzoli, o rapaz de 20 anos que resolveu largar tudo (faculdade, emprego, festas, etc) para cuidar da vó dele, a Vovó Nilva (da página no Facebook).

Vovó Nilva tinha Alzheimer, esse “alemão” que infelizmente assombra boa parte dos nossos velhinhos mundo a fora. E o livro fala sobre a história de vida dos dois. Fernando conta brevemente um pouco de como foi a juventude de sua avó até quando ele chega em sua vida.

Depois conta como foi o período em que ele se dedicou exclusivamente à avó que ele tanto ama(va). É simplesmente impossível não se emocionar com esse livro, impossível. Agora escrevendo essa simples resenha já me emociono novamente.

Eu diria que o livro é separado por três partes, que “apelidei” de: para chorar, para rir e para aprender. A parte para chorar é toda a narrativa da história deles em si, a parte para rir são vários diálogos que aconteceram entre eles, vários são sensacionais, e a parte para aprender é a parte final onde o Fernando fez várias perguntas relacionadas a doença, ao cuidado com os idosos e afins para vários profissionais (médico geriatra, nutricionista, psiquiatras, etc) para esclarecer um pouco sobre essa doença que sabemos tão pouco e que pode se manifestar de maneiras tão distintas em cada pessoa.

Confesso que esse livro tem um significado especial para mim, pois minha avó também teve Alzheimer e apesar de não ter largado tudo para cuidar dela, fiz o possível para passar bons momentos com ela sempre que estávamos juntas. Infelizmente ela faleceu em novembro passado e me deixou com saudades das nossas gargalhadas, nossos papos totalmente sem sentido, nossos jogos de baralho e dominó. Mas pelo menos sei que passamos bons momentos juntas.

Eu queria ler esse livro desde quando foi lançado, mas só consegui comprar o meu agora. Chorei quase do início ao fim, talvez eu tenha me emocionado mais por entender o que o Fernando e a família dele passaram sabendo da doença e tudo o mais, mas mesmo assim o livro continua sendo lindo e emocionante. Dou mil estrelas e um cantinho especial na minha estante. Obrigada Fernando por compartilhar essa história maravilhosa com a gente!

Passagens do livro:

Será que ela ia mesmo esquecer de quem amava? A gente sempre tem aquela esperança: “Ah, talvez ela não se esqueça de mim, eu sou tããããão importante para ela!”. Esqueça isso, ela não escolheu esquecer de você, não é culpa dela”.

A superação da morte acaba se tornando cada vez mais difícil. Em alguns casos parece impossível”.

Não há  no mundo valor que cubra a reação meiga e alegre de alguém reconhecendo que é amado. Afinal de contas, amar não é uma lembrança; é uma regra da alma.

Se antes pensava: “Se não posso mudar o final, não vale a pena fazer nada”, agora parecia que valia, sim. Afinal de contas, via o que aconteceria no fim, mas como eu chegaria lá era uma escolha minha. Tornar essa viagem mais interessante e proveitosa para que lá no fundo fosse um pouco menos torturoso era uma necessidade.

(…) E desse jeito ficamos ambos descontraindo a tarde toda, duas ‘crianças’ de fralda! Estávamos ridículos, mas juntos. Sempre há uma forma de amenizar qualquer situação, basta abrirmos os olhos para as possibilidades.

E, ainda da mesma letra, mia piccina, ele dizia: Quando anoitece e brilham as estrelas, penso a quem sonha um mundo de felicidade, mas a minha bela estrela entre as belas quem sabe um dia brilhará. Ela brilhou. Brilha, vó, brilha!

Outro filme marcante que vimos juntos, e que mais tarde viria a fazer parte da nossa história, foi o italiano A vida é Bela. O diretor Benigni me mostrou que, mesmo quando a vida te sufoca com surpresas desagradáveis e obstáculos intransponíveis, podemos optar por um sorriso – ainda que falso – no rosto e a sensação de missão cumprida no peito. Custe o que custar!

E vocês já leram esse livro? Super recomendo!

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Resenha: Quem, Eu? – Uma vó. Um neto. Uma lição de Vida
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