Olá, pessoas! Tudo bem?
Hoje vou falar de uma das biografias mais legais que já li (não foram poucas hahaha), a do Ultraje a Rigor. Terminei de ler na semana passada, comprei esse mês, mas ela já estava na minha lista a uns 2 ou 3 anos. E valeu a espera porque eu ADOREI!
Gosto do Ultraje desde que eu me conheço por gente, mas nunca fui muito a fundo na história deles. Conheci através da música Marylou, que fui descobrir que era deles muitos anos depois (sempre achei que fosse uma musica infantil hahahaha). Mas foi Me da um olá, na época em que foi tema de uma das temporadas de Malhação, que me encantou de verdade e comecei a gostar mais deles.
O livro é muito legal e divertido – igual a banda – conta toda a história deles, até meados de 2012. Como eles começaram, o primeiro sucesso, a primeira gravadora, a loucura toda que foi a vida deles, principalmente nos anos 80 e início dos anos 90.
Fala também sobre o caso da menina de Chapecó, que acusou o Roger de abuso sexual e várias histórias legais de shows. A fobia do Roger de andar de avião e como isso afeta negativamente a agenda de shows da banda, principalmente quando se trata de cidades longe de São Paulo.
Além de tudo isso conta um pouco sobre o processo criativo do Roger, todas as trocas dos integrantes da banda, desde a formação original, até a atual.
O livro além de divertido e interessante (pelo menos para quem gosta ou é fã da banda) é todo ilustrado e colorido, com várias fotos, desenhos, capas dos discos, e muitas passagens com destaques em outra cor.
Além de contar toda a trajetória da banda, a autora cita um pouco sobre o surgimento da maioria das bandas de rock dos anos 80 e isso deixa os detalhes ainda mais ricos e interessantes.
Todos os integrantes que fizeram parte da banda deram entrevistas para a autora e têm muitas frases deles mesmos contando como foi o decorrer desses anos. Além disso, ainda a opinião do Kid Vinil e Lobão.
Eu gostei muito, muito, muito e foi uma das biografias mais legais que já li, e que paguei míseros 5 reais na promoção de último dia da feira do livro em Porto Alegre. Quando vi o preço não acreditei e comprei na hora.
Super recomendo a leitura.
“Felizmente nada aconteceu com a banda que não cansa de tocar e ultrapassa a duração estimada dos shows, mesmo quando uns homens marrentos apontam para o relógio, querendo dizer que o tempo acabou. Por quê?
Porque o chiclete que eles mastigam não é igual ao seu.
O meu chiclete faz ploc. O seu chiclete faz bum. O meu chiclete faz ploc. O seu chiclete faz bum. Bum bum bundão. Bum bum bundão. Bum bum bundão. Bum bum bundão, na bateria Bacalhau. Bum bum bundão, no baixo Mingau. Bum bum bundão, na guitarra Marcos Kleine. Bum bum bundão, nos violões e vocais Ricardinho. Bum bum bundão, nos vocais Paulinho. Bum bum bundão, nos teclados Osvaldinho. Bum bum bundão, na guitarra Roger. Bum bum bundão, na percussão, sax e flauta, Manito. Bum bum bundão… Eles são o Ultraje a Rigor.”
Encerro com a música que me fez gostar ainda mais da banda
Passagens do livro:
Nós e as outras bandas não tínhamos essa físsura de correr, porque alguém estava com disco pronto, não tinha esse tipo de competição.
Rock é estrada, véio. É a expressão que Carlinhos lembra ouvir do empresário Cacá Prates, o Cacá “rock é estrada” Prates. (…) Quanto à célebre frase de Cacá Prates: É só conotação simples, que nem o Chacrinha diz: nada se cria, tudo se copia, essa pra mim é a máxima que tá aí até hoje, prevalece como rock é estrada.
Na Bahia, em Ilhéus, ao desce do avião no aeroporto, os integrantes têm uma grande surpresa. O público do show os aguarda gritando histericamente.
– Todo mundo esperando a gente chegar, aí tiveram que fazer um esquema especial para gente sair. Corríamos para um portão, corria todo mundo também. Achávamos tudo isso bacana e divertido ao mesmo tempo. De uma hora para outra, nós viramos ídolos – conta Roger.
As pessoas têm que saber lidar com o sucesso, porque o sucesso às vezes pode te engolir.
A segunda safra do rock brasileiro dos anos 1980 começa a aparecer e conta com selos independentes, espaços alternativos, casas de show e rádios segmentadas. A estrada ainda não é asfaltada, mas a trilha já foi aberta.
Espero que tenham gostado. Bom final de semana 🙂
beijos
Pingback:Book Haul: Novembro e Dezembro | Apenas Imagine
Esperei para ler o livro primeiro, pra depois comentar…
Confesso que não gostei muito, kkkk.
O início achei bem massante, mas depois melhora. Mas me surpreendi com alguns fatos, principalmente porque sempre achei que eles eram uma banda mais nova.
Achei que ia ter mais comentários sobre as letras das músicas, e as que eu mais gostam praticamente passaram despercebidas. Acho que por isso, fiquei um pouco decepcionada com o livro.
Minha música preferida e que me fez conhecer eles também é “Me da um Olá” 😀
Pingback:Retrospectiva Literária 2015 - Apenas Imagine
Gostei da ideia.